sábado, 29 de agosto de 2009

Era 20h30. Isabela, em sua casa, se arrumava para o jogo, que aconteceria depois de meia hora. Ela penteava o cabelo com sua escova preferida. Vestia uma calça jeans e uma blusa simples e verde. Pensava sobre o jogo. O compasso estava na mesa do seu computador. Isabela havia dito a mãe que saíria com os amigos, e não contou nada sobre o jogo.Fazia frio na rua, que era de um bairro calmo de São Paulo. Ela aguardava os amigos, na porta de casa, alguns minutos depois. Observava o casarão abandonado no final da rua. Já era 20h45 e os pensamentos de Isabela eram muitos. A frase de Júlio, que disse que ela mexeria com o desconhecido fazia ela refletir, apesar de muito corajosa.A palavra desistir realmente não fazia parte do vocabulário dela. Já era 20h45 e Isabela continuava na porta de casa, esperando os amigos. Ágata chegou e logo viu a amiga.-- "Oi Isa!", disse Ágata de uma forma não tão feliz, surpresa com o casarão que via no fim da rua.Isabela: Oi Ágata, e o resto da turma?Ágata: Calma. Ainda são 20h45. Marina me telefonou ainda mais cedo, e disse que iria vir para rir da cara de vocês...Isabela: Eu que irei ver ela tremendo de medo! Bom, o Carlos não falou com você? Assim, acho que só as meninas vão jogar.Ágata: Eu estava falando com o Carlos quando saí da escola. Ele estava animado para jogar. Não sei se ele vem... E o compasso?Isabela: Ah, é verdade. Deixei lá em cima, no meu quarto. Ainda esqueci de papel e lápis. Fique aí e já volto.Isabela entrou e subiu as escadas, que davam até seu quarto. Ágata ficou sozinha e ainda estava impressionada com o casarão. Ela andava até o final da rua para ver de perto. Já era 20h50 e estava muito frio. Cada vez mais perto do castelo, Ágata sentiu um medo e chegou a ver as luzes do casarão apagarem e acenderem sozinha, por apenas uma vez, sem contar num vulto que chegou a ver.-- "Isso deve ser imaginação da minha cabeça", disse ela. De repente, ela sentiu algo cutucando seu pescoço, como se alguém tivesse a chamando. Na tensão do momento, ela levou um susto e deu um grito altíssimo, que assustou Isabela, que já estava saindo do quarto. Interrompida, foi até a pequena janela e ver o que estava acontecendo.Ágata virou-se, enquanto Isabela via a cena. Era Carlos, que acabava de chegar. Irritada, Ágata o repreendeu gritando seu nome. Isabela fechou a janela, saiu do quarto, desceu as escadas até chegar a rua. Ela andou até Carlos e Ágata.Isabela: Que susto, Ágata!Ágata: Susto levou eu.Carlos: Falta a Marina e o Júlio.Isabela: Marina, tudo bem. Ela deve estar a caminho, mas o Júlio não sei não.Ágata: Verdade, Isabela. O Júlio é muito medroso, não aguentaria o jogo.Carlos diz apontando para Marina, que chegava: Olhem a Marina ali!Marina vinha com seus cabelos cacheados soltos. Usava salto alto e vestido, apesar do grande frio que fazia. Todos foram até ela.Marina: Boa noite... Tudo pronto para o joguinho?Isabela: Você verá o que é joguinho quando esse compasso começar a rodar.Marina: Isso quero ver.Carlos: Poderíamos filmar o jogo.Isabela: Não... Sei lá, talvez o espírito rejeite.Marina ri e diz em seguida: Espírito...Ágata: Marina, não zombe...Marina: Ok. E quando a gente começa isso?Isabela: Já foi ultrapasso 21h... Podemos começar. O Júlio não vem mesmo...Marina: Ok, então. Vamos entrar?Os jovens estavam já em frente ao casarão. Ele tinha dois andares, com um jardim pobre, sem cuidados. As teias de aranha estavam presentes até na massaneta. A parede de fora estava descascada. Um cenário perfeito para uma noite de terror.Marina, Ágata, Carlos e Isabela se aproximaram da porta. Isabela praticamente comandava o grupo e colocou sua mão sobre a massaneta da grande porta de madeira que dava acesso a parte interna do casarão.Isabela torceu a massaneta e disse:-- A porta está trancada!Ágata: E agora?Marina: Ah, gente, precisa ser aqui mesmo?Todos ignoraram o comentário de Marina, mas Carlos, como sempre, teve uma ideia:-- Poderiamos quebrar a janela de vidro e entrar por lá.Isabela: Boa ideia, vamos fazer isso.Todos seguiram até o final do casarão. Deveria ser a cozinha e tinha uma pequena janela lá. Cada um atirou uma pedra pela janela, para assim poderem entrar.Isabela: Pronto. A aventura começa agora!Isabela pulou janela a dentro, seguida por Marina, Ágata e Carlos. Era, mesmo, a cozinha. Todos estavam dentro da casa. A cozinha era grande, mas não tinha nenhum mantimento lá. Havia pequenos armário para guardar alimentos, porém, todos tinham somente teias de aranha. A geladeira estava enferrujada.Isabela não hesitou em abrir ela para ver o que tinha. O grupo não falava nada, só observavam o espaço, que tinha uma mesa grande. Isabela caminhava até a geladeira e abriu ela. Isabela soltou um grito, que fizeram todos olharem para ela. A geladeira tinha um cachorro morto, cheio de sangue. Isabela fechou imediatamente a geladeira.Isabela: Que horror!Carlos: Esqueça, Isa. Vamos começar logo isso.Marina: Exato!Todos estavam em pé e sentaram em cadeiras, em volta da mesa. Haviam cinco cadeiras.Ágata: Como joga mesmo?Isabela colocou o compasso, uma folha de papel e um lápis na mesa.Isabela: Com o lápis, se faz um círculo no papel. Em volta desse círculo, devemos colocar as letras do alfabeto, números de 1 á 10. Em cima, a palavra 'SIM' e, em baixo, a palavra 'NÃO'.Enquanto explicava, fazia o que dizia e continuava:-- Dentro desse círculo, você faz uma pequena bolinha, onde a ponta do compasso será colocado.Marina: Entendi a palhaçada!Ágata: Vamos jogar?Isabela firmou a ponta do compasso de ferro no círculo e colocou o seu dedo na parte superior dele.Isabela: Façam isso comigo e coloquem o dedo de vocês, também.Todos colocaram o dedo em cima do compasso. Um dedo em cima do outro. A maior aventura da vida deles, talvez o pouco tempo de vida, começava. Quatro jovens metidos em um perigo desconhecido, numa brincadeira que não é brincadeira, onde tudo pode acontecer.


Cap 3 -Jogo do Compasso
O clima de tensão se instalou de imediato nos quatro jovens que ali estavam, sentados em volta de uma mesa. Marina, Isabela, Carlos e Ágata estavam ansiosos pelo o que iria acontecer, preocupados com o que Isa havia visto na geladeira. Mas todos estão levando o jogo muito a sério, inclusive Marina, que a minutos atrás caçoava da brincadeira.Um silêncio tomou conta da grande e feia cozinha do casarão. Todos seguiam com seus dedos no compasso, refletindo. Isabela ainda não havia começado o jogo. Era tempo de pensar. Sabendo disso, Isabela tratou logo de mostrar as outras regras para o jogo, quebrando o gelo que se instalou na cozinha:-- Se alguém quer desistir, desista agora. Se tirar o dedo do compasso depois do início do jogo, só Deus sabe o que vai acontecer.Ágata: Eu topo... Não vai ser confortável ficar com o dedo num compasso, mas tudo bem. O que vale é o jogo.Marina: Tudo bem, eu também não irei tirar o dedo do compasso.Carlos: Idem às meninas.Isabela: Ok. Não façam zoeiras durante o jogo.Nem precisava dizer isso. Um clima tenso estava ali.Isabela: Repitam comigo: "Se há algum espírito aqui, que se manifeste através desse compasso"Todos: "Se há algum espírito aqui, que se manifeste através desse compasso".Nada aconteceu. Mas todos repetiram, novamente:Todos: Se há algum espírito aqui, que se manifeste através desse compasso.Alguns segundinhos se passaram e todos permaneciam seriamente com o dedo em cima do compasso. De repente, o compasso foi se movendo até a palavra 'SIM', escrita em cima da folha. O susto foi geral. Até Isabela, a mais corajosa, se arrepiou. Marina chegava a ficar envergonhada de ter falado mal do jogo. O compasso se moveu, novamente, até o centro da folha. Ninguém quis comentar nada.Isabela: Podemos entrar no jogo?O compasso rodopiou a folha, até chegar, lentamente, a palavra 'SIM'.Isabela: Com quantos espíritos estamos mexendo?O compasso moveu-se até o número um. Ninguém tirava o olho dos movimentos do compasso na folha, e estavão curiosos com o jogo. Isabela continuava a ser dona da situação e seguia com as perguntas:Isabela: É um homem ou uma mulher?O compasso se moveu até a letra 'H', deixando claro que era um homem antes de morrer e ser espírito. Ágata resolveu fazer uma pergunta:Ágata: Você é um espírito bom ou maldoso?O compasso não se moveu. Ficou parado, para o espanto geral. Ágata queria uma resposta para a sua pergunta e fez questão de repetí-la:Ágata: Responda, você é do bem ou do mal?
Dessa vez, o compasso girou rapidamente. Parece que a situação ficava cada vez mais tensa, nervosa. O compasso não fogia da folha de papel, mas levava o compasso e os dedos do jovens de uma direção a outra, sem parar. Isso continuou por cerca de um minuto, até parar na letra 'M', que deu conta que ele era do mal.Marina: E agora? O Júlio tinha razão. Não devíamos ter mexido com isso.Isabela: Deixa de frescura. A quinze minutos atrás você estava xingando esse jogo.Ágata: Também estou com medo.Carlos não comentou, mas fez uma pergunta ao espírito:Carlos: Qual é o seu nome?O compasso girou lentamente. Começou indo para a letra 'M' e ficou lá por cerca de cinco segundos. Em seguida, foi para a letra 'A'. Na sequência, foi para 'U', 'R', 'O'.Marina: Ele se chama Mauro. Mauro, um espírito do mal!Carlos arriscou fazer mais uma pergunta:-- O que o senhor quer conosco?O compasso moveu-se para a letra 'M', em seguida para 'O', continuando em 'R', 'T', 'E'.Marina: Ai, Meu Deus! Para quê eu fui entrar nessa brincadeira!Isabela: Marina, agora não tem como voltar atrás. Enfrente.Carlos: Calma, acredito que nós mesmo estamos movendo o compasso.Isabela: Não é isso Carlos. Eu acredito em espíritos.Marina: Ah, fala sério. Eu acredito no que Carlos disse.Ágata: Não, Marina. Você quer acreditar. É diferente.Carlos: Esse jogo é para se comunicar com o Além. E todos sabiam disso, antes de começá-lo. Eu sei que isso por ter consequências desastrosas. Abrimos as portas para a comunicação com o mundo dos espíritos. Mas se alguém estiver mexendo esse compasso, fale logo.Silêncio por alguns segundos.Ágata: Não, eu não estou mexendo.Marina: Nem eu.Isabela:Idem para as meninas.Carlos: Então devemos pedir uma prova para o espírito, além dos movimentos no jogo.Ágata: O quê por exemplo.Carlos: Peço que se concentrem no jogo.Alguns segundos de silêncio seguiram. Todos estavam com seu dedo no compasso. O relógio marcava 21h45. Tensão, concentração... Marina, Isabela e Ágata esperavam um pedido de Carlos ao espírito Mauro. E essa pergunta chegou:Carlos: Dê uma prova que você existe, Mauro.Parece que segundos viraram minutos. O dedo de cada um apertou-se cada vez mais no compasso, que começou a girar. O compasso girou rapidamente, mais que antes, na hora em que ele demorou a responder se era do bem ou do mal.Carlos: Dê uma prova, agora!As luzes se apagaram, deixando a cozinha sem nenhuma iluminação. Ninguém via ninguém. Ágata soltou um grito, mas não tirou o dedo do compasso, como seus amigos. De repente, ouviu-se um barulho de batida de porta, que repetiu-se várias vezes. Porém, os jovens não podiam tirar o dedo do compasso. A porta se abriu, e deu para ouvir isso muito bem. Porém, Marina, Carlos, Ágata e Isabela não via nada e o medo era forte demais. Após o barulho de porta, ouviu-se passos.


CAP 4

Os passos ficam cada vez mais sonoros. Todos com medo, até mesmo Isabela. Alguém chorava, as mãos tremiam no compasso. Os passos cada vez mais próximos. De repente, a luz acendeu. Era Júlio, para o sossego de todos. Deveria ser 22h e todos estavam perplexos com a chegada dele..Júlio: Vocês não deviam ter iniciado esse jogo..Ninguém respondeu. No fundo, Júlio estava certo e todos sabiam disso. Somente ele foi racional ao pensar em não jogar tal jogo. A porta estava aberta, pronto para todos saírem. Mas, dificilmente, ousariam em tirar o dedo indicador do compasso..Júlio: Pessoal, vamos sair daqui. Vocês não podem continuar a jogar isso.Isabela: Se tirarmos o dedo do compasso, estaremos perdidos.Carlos: Mas a gente pode pedir para sair do jogo..É, era esse um detalhe que todos haviam esquecido, pois a brincadeira do compasso estava sendo brincadeira até quando o espírito Mauro não havia provado sua existência. Porém, agora, após um grande susto, o que todo mundo queria era sair do jogo. Janela quebrada, porta aberta... E vários dedos no compasso. Júlio estava em pé e continuava:.Júlio: Por favor, saiam do jogo e saiam dessa casa.Ágata se atreveu e pediu ao compasso:Ágata: Podemos sair do jogo, por favor?.O compasso foi rapidamente para 'NÃO', sem rodopiar. Parecia que o espírito de Mauro sabia bem o que queria, e não era o bem de todos..Isabela: Gente, vamos ter que continuar até ter permissão de sair, é regra!Júlio: Quebrem a regra.Isabela: Para nossa vida ser amaldiçoada?Júlio: Ela já estava quando vocês entraram nisso e se seguirem ficará cada vez mais.Isabela: Para Júlio! Para de me botar nervosa!!.No calor da situação, o compasso girava rapidamente por toda a folha, sem sair do círculo. Ele seguia de um lado pro outro. De repente, começou a soletra 'J' 'Ú' 'L' 'I' 'O'. O garoto olhava perplexo. O compasso começou a soletrar, outra vez, a palavra 'M' 'O' 'R' 'T' 'E'. Júlio começa a chorar. Uma faca, que estava na cozinha saiu de um pote, chegando ao ar. Estava levitando e foi até a direção de Júlio, que chorava sem parar..Júlio: Não! Não!.Os amigos olhavam assustado. O compasso seguia girando insistentemente, soletrando o nome de Júlio. Era um cenário de terror, onde todos estavam sendo tomados pelo medo. Júlio tentou se desviar da faca, indo para frente, cada vez mais próximo da mesa. A faca caiu quando ele chegou ao lado de uma cadeira. Ele ficou imóvel. O compassou moveu-se, formando a palavra 'S' 'E' 'N' 'T' 'E'. Júlio o fez..Isabela: Pronto, agora você está no jogo!Júlio: Eu não queria.Marina: Pessoal, eu acho que vou desistir...Ágata: Não!Marina, frágil, começou a chorar.Isabela: Aguente mais um pouco.Carlos: Marina, devemos sair juntos, com a permissão.Marina: Carlos, tente pedir, novamente.Carlos respirou fundo e perguntou ao compasso:Carlos: Mauro, podemos sair?.O compasso respondeu de imediato, seguindo até a palavra 'NÃO', deixando todos bastante assustados. Marina estava quase tirando o dedo do compasso..Isabela: Pessoal, calma. Vamos fazer mais algumas perguntas.Carlos: Mauro, você morreu com quantos anos?O compasso moveu-se até 13.Carlos: Ele tem a nossa idade!.Isabela: Mauro, qundo poderemos sair do jogo?.O compasso moveu-se formando a palavra 'N' 'U' 'N' 'C' 'A'. Marina caiu em choro e gritou:-- Não!.Marina tirou seu dedo do jogo, gritando e chorando. Todos olhavam perplexos pela atitude dela. Marina saiu cambaleando pelo casarão, correndo até a porta. Quase chegando lá, pronta para sair a faca que estava no chão levitou-se, novamente e a seguiu. Marina estava quase saindo, quando a porta bateu. A faca chegara a ela. O espírito de Mauro, que dominava a faca a esfaqueou. Ela levou oito facadas e caiu morta, ensanguentada.


CAp 5

A faca que matou Marina com oito facadas caiu no chão, junto com o sangue dela. Marina havia espalhado seu sangue pela parede e caiu deitada, com a mão no peito. Os olhares perplexos de Júlio, Isabela, Ágata e Carlos fixaram naquilo. Era difícil de acreditar. Sensações de culpa e medo predominavam na cozinha. Seguiam todos com o dedo no compasso. Júlio caiu no choro:.Júlio: Eu não devia... Não devia ter vindo aqui!Ágata: Não, eu não quero isso! Vai acontecer todos! Não!Carlos: A gente precisa sair daqui agora.Isabela: Para ter o mesmo fim que a Marina?Carlos: Se a gente continuar isso não vai acabar nunca.Isabela: Faça algumas perguntas....Carlos ficou pensativo, mas respondeu logo:.Carlos: Não! Ele disse que quer nossa morte. E se continuar no jogo estarem facilitando. Vamos todos sair.Isabela: Carlos, haverá uma chance.Carlos: Isabela, você não sabe o que diz. Não sabia nem as consequências disso.Isabela: E você sabia? Por que entrou, então?Carlos: Estou prestes a tirar o dedo desse compasso.Isabela: O faça e morra..Carlos tirou seu dedo do compasso. Todos ficaram assustados com a atitude dele. Mas nem tudo havia acabado... Carlos deu um soco no compasso, que caiu. Não havia nenhum dedo no compasso, para medo geral..Isabela: Não Carlos!Carlos: Foi para o bem de vocês.Isabela: Eu te mato!.Júlio começou a chorar, novamente..Ágata: Vamos sair daqui, agora.Júlio: Como?Carlos: Vamos arrombar a porta..Carlos correu até lá, sendo seguido por todos..Isabela: Isso Carlos! Ande logo e vamos sair daqui.Ágata: Carlos, rápido!Carlos: Ok!.Carlos começou a pegar impulso e tentava arrombar a porta de madeira de bruços, sem sucesso..Carlos: Façam o mesmo que eu, quando eu falar 'já'..Todos ficaram na posição para empurra a porta e Carlos começou a falar:.Carlos: Um, dois... Três e já!.Ágata, Carlos, Isabela e Júlio pegaram impulso e foram de bruços em direção a porta, mas não conseguiram abrí-la..Ágata: Droga, e agora?!Carlos: Se nem você, Ágata, que é tão forte não conseguiu abrir a porta... Não sei o que será de nós a partir de agora.Isabela: A janela! A gente havia quebrado a janela! Vamos sair por lá!.De repente, Marina se levantou da poça de sangue, com as costas aberta pelas oito facadas. A imagem era incrível. Ela parecia não ter levado nada. Estava posicionada em frente aos quatro amigos e começar a falar com uma voz diferente:.Marina: Vocês não vão a lugar nenhum!Isabela: Marina, você está diferente.Marina: Não sou Marina, sou o Mauro.Júlio (gaguejando): O-o-o que? Mauro?Marina: Eu possuí as amiguinhas de vocês. E agora vocês vão sofrer..Marina-Mauro pegou a faca no chão e a levantou contra os amigos. Todos correram, juntos, em direção a escada e a subiram. Foram seguidos por Marina-Mauro. Marina-Mauro estava quase alcançando eles, quando Isabela jogou o vaso com flores nela..No segundo andar do imenso casarão havia um grande corredor, com vários quartos. Parecia que nunca tinha fim. Júlio, Carlos, Isabela e Ágata abriram um quarto e rapidamente entraram. Marina os seguiu. Dentro do quarto havia uma grande janela de vidro, um armário e uma pequena cama de solteiro. Porém, não era só isso. Havia uma coleção de compasso em uma estante de madeira, além de vários filmes de terror..Todos tremiam de medo, inclusive Isabela..Isabela: E agora, o que faremos?Carlos: A janela...Isabela: Carlos, está maluco?Júlio: É-é-é nossa ú-ú-única saída..De repente, alguém entrou na porta. Ágata se virou e gritou. Era Marina-Mauro, que vinha com sua faca na mão, deixando todos assustados. Isabela pegou quatro compassos que estavam na estante e jogou rapidamente para seus amigos. Todos o apontaram para Marina-Mauro. Eram eles contra ela, numa batalha mortal.


Cap 6-Jogo do Compasso
O grupo apontava compassos contra Marina-Mauro. Porém, corajosa, Isabela quis se destacar. Ela pensava no bem dos amigos, e, apesar do medo, era a mais corajosa. Com o compasso erguido em direção a Marina-Mauro. Ela dava pequenos passos em direção a Marina-Mauro, que apontava sua faca cheia de sangue contra ela.Ágata, Carlos e Júlio somente observavam o espírito de Mauro em Marina cada vez mais perto de Isabela. Alguma coisa ruim iria acontecer, e, de plateia os outros observavam. Os passos de um em encontro do outro eram leves, porém, de repente, Marina-Mauro empurrou Isabela contra um armário.Isabela: Não!Ágata: Larga ela!Ágata, rápida, correu até Marina-Mauro que empurrava e pressionava Isabela no armário. Ágata pegou Marina-Mauro pelo pescoço e tentou fazer com que ele parasse de empurrar sua amiga. Ágata, puxava Marina-Mauro, em vão. Marina-Mauro, ainda pressionado Isabela com as mãos, deu um forte chute contra Ágata, que caiu no chão.Marina-Mauro: Você vai morrer, Isabela! Você vai morrer!Isabela: Não faça isso!Marina-Mauro: Pensasse você duas vezes antes de mexer comigo.Isabela: Desculpe-me.Marina-Mauro: Não! Você mexeu com a pessoa errada... Com o espírito errado. E eu vou matar todos vocês! Vocês vão viver no Além, ao meu lado, esperando alguém jogar esse jogo maldito para você sair disso!Isabela: Você precisa de quê?Marina-Mauro (grita): Da sua morte!Marina-Mauro pega a sua faca, corta, sem piedade, o pescoço de Isabela, que morre degolada, segurando o pescoço. Isabela cai morta.Ágata, Júlio e Carlos gritam e saem correndo pela porta. Os três correm juntos e são perseguidos por Marina-Mauro. Ágata observa no fim do corredor um pequeno cubículo de vidro com livros por dentro e grita para os amigos:Ágata: Carlos, Júlio! Olhem lá!Os três correram até o local apontado por Ágata, quando Marina-Mauro apareceu. Ágata, Júlio e Carlos correriam sobre um extenso tapete. Marina-Mauro, ágil, puxou o tapete, fazendo com que o trio caísse. Com uma faca nas mãos, Marina-Mauro andava até eles.Carlos: Ele vai nos matar.Ágata: Ai, meu Deus não!Júlio: Socorro! Socorro!Marina-Mauro: Agora é vocês! Todos vão morrer, igual a mim. Vocês vão todos para o Além, conhecer o que é isso. Todos merecem.Ágata: Nããããão!Júlio: Pelo amor de Deus, não!


Penultimo Capitulo de :Jogo do Compasso
Marina-Mauro se aproximava cada vez mais de Ágata, Júlio e Carlos, que permaneciam imóveis no chão. O espírito chegava lentamente, com os gritos sem fim do trio. Ágata, que sempre foi conhecida na turma pela sua agilidade e por correr muito gritou:Ágata: Gente, venha.Ela se levantou em seguida, e, gritando, foi correndo em direção ao local de vidro que apontara antes, no fim do corredor. Carlos e Júlio se levantaram, em seguida, e também correram aos gritos, enquanto Marina-Mauro os perseguia, lentamente e com a faca levantada.Ágata, a mais rápida, chegou perto do cúbiculo, um pequeno cômodo, estranho, de vidro. Ela colocou a mão na massaneta, enquanto Carlos e Júlio corriam até ela. Ágata colocou a mão na massaneta, abaixou-a, na intenção de abrir.Ágata: Droga! A porta está trancada!Júlio e Carlos continuavam correndo, chegando até Ágata, quando, de repente, Júlio tropeçou e caiu no chão. Carlos conseguiu chegar até Ágata, enquanto Marina-Mauro estava cada vez mais próximo de Júlio. Carlos conseguiu abrir a porta do cubículo.Carlos: Consegui! Vamos, entre!Ágata apontou para Júlio, que estava caída no chão, perto de Marina-Mauro.Carlos: Esqueça-o, Ágata! Devemos entrar.Carlos e Ágata entraram no cúbiculo, observando, pelo vidro, Marina-Mauro chegando cada vez mais perto de Júlio.Ágata: Ele vai matar o Júlio. Nãããããão!Ágata, no cubículo chorava, quando, de repente ela corria até a porta, pronta para sair. Carlos a segurou, impedindo que ela fizesse aquilo. Júlio estava caído no chão, Marina-Mauro estava perto dele. Marina-Mauro se abaixou e apontou uma faca para o peito de Júlio.Júlio! Não! Ahhhhhh!Marina-Mauro enfiou a faca no peito de Júlio, oito vezes, sem piedade. Era uma cena terrível, aos olhos de Ágata e Carlos, que choravam pelo amigo. Júlio estava morto. Marina-Mauro parecia mais agressivo. Pegou Júlio, carregou-o até a janela e o jogou de lá.Em seguida, ele foi em direção a Ágata e Carlos, que estavam no cúbiculo, chorando muito. Ágata olhou para o chão e encontrou uma arma. Ela disse para Carlos, chorando:Ágata: Como se mata um espírito?Carlos: De que você tá falando?Ágata (cochichando): Tem uma arma... Uma pistola no chão.Carlos: Mas... Como a gente vai usá-la contra ele?Ágata: Isso que perguntei. Se ele está morto, como faremos para matá-lo?Carlos: Ele é a Marina. Ele possuiu uma pessoa morta. E não tem como matar quem está morto.Ágata: Será?Carlos pega a arma, quando, de repente a faca de Marina-Mauro atravessou o vidro do cubículo. Marina-Mauro estava ali. Pronta para matar Ágata e Carlos, os sobreviventes do jogo do compasso.Ágata: Carlos! É ele!Marina-Mauro: Adeus! Agora é a hora de vocês.Ágata: Nããão!


Ultimo capitulo de Jogo do Compasso
Naquele cubiculo Carlos e Agata temiam ao ver Marina - Mauro se aproximar, quando de repente a arma que estava na mao de Agata flutua e vai á Marina - MauroAgata:E agora Carlos?Marina - Mauro: Agora issoMarina - Mauro dá um tiro em Agata que cai morta, Carlos com muito medo dizO que voce fez? Voce é doido?O espirito o respondeEsse sera seu fimMarina - Mauro aira e mata Carlos.Do nada na sala de aula os jovens acordam e persebem que tinham sonhado, no recreio os jovens conversam e acham que pode ser um aviso, os 5 pegam seus compassos e tacam no lixo

FIM

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